O dólar à vista fechou esta quarta-feira (12) em leve queda de 0,08%, a R$ 5,76, acompanhando o movimento de desvalorização da moeda americana no exterior. A baixa foi impulsionada pela notícia de possíveis negociações para encerrar a guerra na Ucrânia, o que fortaleceu moedas emergentes e europeias.
Durante a tarde, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as negociações de paz na Ucrânia deveriam começar imediatamente. A declaração ocorreu após uma conversa com o presidente russo, Vladimir Putin. Segundo o Kremlin, os líderes concordaram em manter contato direto e organizar encontros para tratar do conflito.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também comentou a situação. Em publicação na rede social X (ex-Twitter), afirmou que teve uma conversa significativa com Trump sobre possibilidades de paz na região.
Ministros das Relações Exteriores de França, Alemanha e Espanha alertaram que um acordo de paz não pode ser firmado sem o envolvimento europeu.
Impacto no mercado e no dólar
A sinalização de possíveis negociações reduziu o preço do petróleo em mais de 2%, afetando a cotação do dólar. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana frente a seis divisas fortes, caiu para 107,627 pontos, abaixo do nível de 108,000 pontos registrado no início do dia.
O real, que vinha se destacando entre as moedas emergentes, perdeu força em alguns momentos, ficando atrás do peso mexicano. O peso chileno avançou mais de 1%, impulsionado pela alta do cobre e pelo tom mais rígido do Banco Central do Chile ao manter a taxa de juros em 5%.
Inflação nos EUA e juros do Fed
Durante a manhã, o dólar chegou a subir, acompanhando o movimento no exterior, após a divulgação da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA em janeiro. O índice veio acima do esperado, elevando os rendimentos dos Treasuries e fortalecendo o dólar globalmente.
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), reforçou que não há pressa em reduzir os juros nos EUA. Durante audiência na Câmara dos Representantes, afirmou que as decisões sobre política monetária serão tomadas com base nos dados econômicos.
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