O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) foi escolhido para se tornar a entidade gestora do Finaclima-SP — fundo para atrair recursos para projetos de resiliência climática, os chamados investimentos verdes, como restauração florestal e uso sustentável dos ecossistemas no estado de São Paulo.
A habilitação do Funbio foi comunicada pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil) ao Monitor do Mercado nesta quarta-feira (12).
Apesar de o Funbio ser o único habilitado, ainda há prazo para recurso e o processo se encerrará oficialmente no dia 28. Participaram da seleção entidades experientes na gestão de investimentos socioambientais. São elas:
- Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS);
- Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag);
- Fundação Getúlio Vargas Europe Internacional;
- Sitawi.
A primeira etapa da seleção, concluída em janeiro, avaliou as propostas técnicas das entidades interessadas. Já a segunda fase analisou as propostas de taxa de administração, considerando custos operacionais do fundo.
O resultado final considerou uma proposta técnica (peso de 60%) e uma de preço (peso de 40%). A expectativa é que o acordo de cooperação do gestor selecionado com a Semil seja assinado em abril, após a elaboração do Plano de Trabalho.
Metas ambientais do Finaclima
O Governo quer utilizar o fundo para a restauração de 37,5 mil hectares até 2026, conforme o Plano Estadual de Meio Ambiente. Até 2050, a expectativa é criar condições para restaurar 1,5 milhão de hectares — área que equivale a aproximadamente 6% do território estadual. As ações devem contribuir para a mitigação das emissões de carbono e fortalecer a resiliência climática.
Segundo a secretária de Meio Ambiente, Natália Resende, quem contribuir com o Finaclima-SP terá a segurança de que os projetos apoiados estarão alinhados às prioridades do Estado de São Paulo no enfrentamento das mudanças climáticas.
“O mecanismo está sendo estruturado para maximizar a transparência e rastreabilidade na aplicação dos recursos e dos resultados associados, sob a supervisão de um Conselho de Orientação paritário, responsável por definir diretrizes estratégicas que deverão ser seguidas pela entidade gestora”, pontua.
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