A polêmica iniciou com um vídeo da influenciadora Izadora Palmeira na rede social Tik Tok. Durante uma viagem a Tailândia, Izadora encontrou xícara idêntica ao artigo de luxo de Tania Bulhões em uma cafeteria simples da região, a única diferença é que o utensílio não possuía assinatura da marca.
Após curiosidade com semelhança, a influenciadora divulgou o vídeo que deu início a um debate sobre a legitimidade da marca Tania Bulhões.
“Eu que estava em Fifi na Tailândia, fui tomar cafézinho de R$ 5 em um lugar super simples, e fui servida com simplesmente uma xícara da coleção Marquesa da Tania Bulhões. E pasmem, não tinha escrito Tania Bulhões”, relata Izadora durante o vídeo.
Em nota, a marca divulgou descontinuidade da produção das coleções encontradas em outros locais, como o caso da influenciadora na Tailândia. “Entendemos que não há mais segurança em seguirmos executando a produção das seguintes coleções: Marquesa, Mediterrâneo, Lírio e Entre rios”, informou a equipe Tania Bulhões.
Apesar do pronunciamento, brasileiros continuam debatendo sobre a real legitimidade das coleções. “Nunca vi a Louis Vuitton ou qualquer outra marca de luxo descontinuar um produto icônico e tradicional porque há desvios ou falsificações. Se o produto fosse criação própria o ideal era processar os falsificadores e desviadores e não descontinuar o produto. E quem precisar de reposição? Estranha essa postura”, ressalta um dos comentários mais curtidos da postagem.
Confira vídeo que gerou repercussão na Internet:
@izapalmeira Descobri o segredo da Tânia Bulhoes ! Pra quem paga uma fortuna nas louças! #segredoTâniaBulhoes #taniabulhoes #thailand #taniabulhões ♬ original sound – Izadorapalmeira
Confira pronuncionamento da marca:
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Quem é Tania Bulhões?
![](https://cdn.oestadoce.com.br/wp-content/uploads/2025/02/tania-bulhoes.avif)
Empresária mineira é proprietária da marca que leva seu nome: Tania Bulhões, famosa por suas porcelanas e referência no mercado brasileiro. Tania iniciou sua carreira vendendo peças pintadas à mão, de pratos a móveis, em um modelo de produção artesanal. Com o tempo, a marca se consolidou e expandiu.
A marca que foi fundada em Uberaba, Minas Gerais, em 1989, hoje possui mais de 30 lojas no Brasil e expande para o mercado global de luxo com a aquisição da Royal Limoges, uma fábrica francesa de porcelana.
Por se tratar de uma marca consolidada e por promover a ideia de produtos exclusivos e artesanais, a polêmica causou chateação por muitos consumidores.
Empresária já foi condenada em 2010
Após polêmica, a condenação da empresária Tânia Bulhões por formação de quadrilha em 2010 voltou a circular na Internet.
A empresária mineira foi condenada pelo juiz federal Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paul, a quatro anos de reclusão, convertidos em duas penas restritivas de direito, além de pagamento de multa, pelos crimes de falsidade ideológica, descaminho, formação de quadrilha e crimes contra o sistema financeiro nacional.
Na época, a empresária confessou a existência de um esquema para escapar dos controles da Receita Federal e do Banco Central na importação de mercadorias. Com isso, reduzir o pagamento de impostos nessas compras.
Com multa milionária e serviços comunitários, a empresária pagou a pena por quatro anos. No entanto, a nova polêmica trouxe a tona o seu passado e gerou debates sobre sua reputação e credibilidade.
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