As comemorações serão de 13 a 15 de fevereiro, em Sapé, na Paraíba, onde será realizado o Festival da Memória Camponesa: Uma celebração ao Centenário de Elizabeth Teixeira
De 13 a 15 de fevereiro, em Sapé, na Paraíba, será realizado o Festival da Memória Camponesa: Uma celebração ao Centenário de Elizabeth Teixeira – com uma programação cultural e política para honrar o legado de Elizabeth Teixeira, que, desde a morte de seu companheiro, João Pedro Teixeira, se tornou liderança das Ligas Camponesas, tornou-se símbolo de resistência e luta pela terra, justiça social e reforma agrária.
Celebrar o centenário de Elizabeth Teixeira é mais do que uma homenagem; é um compromisso coletivo com a memória e a história das lutas camponesas no Brasil.
Este evento é uma oportunidade de reafirmar os valores da resistência e da dignidade da classe trabalhadora do campo.
“Enquanto houver a fome e a miséria atingindo a classe trabalhadora, tem que haver luta dos camponeses.” – Elizabeth Teixeira.
A celebração conta com o apoio do Governo Federal, do Governo do Estado da Paraíba, da Prefeitura de Sapé, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST).
A Trajetória de Elizabeth Teixeira
Elizabeth Altina Teixeira, nasceu em 13 de fevereiro de 1925, na comunidade de Antas do Sono, na época, município de Sapé, Paraíba. Filha mais velha de Altina Maria da Costa de origem latifundiária e Manoel Justino da Costa de família de pequenos proprietários de terra.
Elizabeth enfrentou desde cedo as expectativas impostas pelo pai, que desejava ter um homem como primogênito.
Desde jovem, ela demonstrava inconformismo com as injustiças praticadas pelos grandes proprietários de terra contra as famílias camponesas.
Presa várias vezes, perseguida pela ditadura e por jagunços, teve que ir para a clandestinidade após o assassinato do marido.
Após a morte de João Pedro, ela assumiu a presidência da Liga Camponesa de Sapé e depois a Liga no Estado, não se curvando às ameaças dos latifundiários e dando continuidade à luta por trabalho digno, reforma agrária e justiça no campo.
Fugindo da perseguição, Elizabeth e os 11 filhos não conseguiram seguir juntos para escapar da morte, indo cada um para um canto diferente do Brasil.
Na clandestinidade, adotou um nome falso e ficou escondida por 17 anos. Até hoje, Elizabeth mantém sua convicção na necessidade da reforma agrária e na melhoria de vida do homem e da mulher do campo.
Programação do Festival:
13 de fevereiro: Encontro de familiares e amigos, lançamento da exposição “Elizabeth Teixeira: 100 faces de uma mulher marcada para viver” e programação cultural no Memorial das Ligas e Lutas Camponesas (evento restrito aos familiares).
14 de fevereiro: Marcha da Memória Camponesa, com saída da Capelinha João Pedro Teixeira até o Memorial, e apresentações culturais de resistência.
15 de fevereiro: Feira Cultural da Agricultura Familiar Camponesa, seguida de um ato político com autoridades e atividades culturais na Praça de Sapé.
Para mais informações acesse o site das Ligas Camponesas:
SITE
Contato: (83) 99130-4082 / (83) 99168-2509 – Alane Lima – Memorial das Ligas e Lutas Camponesas