O Carnaval de 2025 deve movimentar R$ 12 bilhões, um aumento de 2,1% em relação a 2024, já descontada a inflação. Caso a projeção se confirme, este será o mais lucrativo desde 2015.
O avanço no faturamento da projeção é impulsionado pelo aumento no número de turistas estrangeiros no Brasil, favorecido pela desvalorização do real frente ao dólar e pela diversidade de atrações culturais do país, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Dados da Embratur apontam que o país recebeu um recorde de 6,66 milhões de visitantes internacionais em 2024. Apenas em fevereiro do ano passado, 833,31 mil turistas estrangeiros desembarcaram no Brasil.
Para fevereiro de 2025, a CNC estima um crescimento de 4,8% no número de visitantes estrangeiros, alcançando 868,46 mil turistas. Se confirmado, o número também superará seu recorde anterior, registrado em 2018.
Setores mais beneficiados
Bares e restaurantes devem concentrar quase metade da receita do turismo no Carnaval, totalizando R$ 5,4 bilhões. O segmento de transporte de passageiros aparece em seguida, com R$ 3,31 bilhões, enquanto os serviços de hospedagem devem gerar R$ 1,28 bilhão. Juntos, esses três setores representarão 83% do total movimentado pelo turismo no período.
“A concentração de receitas nesses segmentos mostra como o Carnaval impacta diretamente a economia local e fortalece o setor de serviços”, explica Fabio Bentes, economista responsável pelo estudo da CNC.
Empregos temporários
A CNC prevê a criação de 32,6 mil vagas de trabalho temporárias no setor de turismo durante o Carnaval. A maior parte das contratações ocorrerá no segmento de bares e restaurantes (22,85 mil postos), seguido por hospedagem (4,06 mil) e transporte (3,31 mil).
No entanto, a taxa de efetivação desses trabalhadores após o Carnaval deve ser de apenas 7%, refletindo um crescimento econômico mais moderado em 2025.
Para comparação, em 2021 e 2022, cerca de 24% dos trabalhadores temporários foram efetivados após o Carnaval, percentual que caiu para 11% em 2023 e 9% em 2024.
Segundo Bentes, o menor índice de efetivação em 2025 reflete uma economia menos aquecida, o que pode impactar o mercado de trabalho no setor de turismo ao longo do ano.
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