Gints Ivuskans
O presidente lituano, Gitanas Nauseda, anunciou neste domingo (9) que os três países bálticos se conectaram “com sucesso” à rede elétrica europeia após deixarem a rede russa.
Estônia, Letônia e Lituânia, que já fizeram parte da União Soviética e agora são membros da União Europeia e da Otan, queriam abandonar a rede elétrica russa desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022.
Os três pequenos países temem ser atacados pela Rússia ou pressionados por Moscou devido à sua dependência de eletricidade.
“Acabei de receber uma ótima notícia. A sincronização do sistema elétrico dos países bálticos com o sistema europeu continental foi concluída com sucesso”, disse Nauseda a repórteres em Vilnius, capital da Lituânia, ao lado de seus colegas estonianos e letões, da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do presidente polonês.
“Este é um momento histórico que marca o fim de uma longa jornada (…) Alcançamos a independência energética completa. O período de pressão política e chantagem finalmente acabou”, acrescentou.
Os três países foram integrados à rede europeia através da Polônia; 1,6 bilhão de euros (US$ 1,7 bilhão ou R$ 9,7 bilhões), a maior parte de fundos da UE, foram investidos para acabar com a dependência energética da Rússia.
A guerra contra a Ucrânia “transformou radicalmente a percepção das ameaças” da Rússia à infraestrutura na Europa, disse o presidente lituano.
Vários cabos submarinos de telecomunicações e energia foram cortados no mar Báltico nos últimos meses e alguns especialistas e autoridades acusam a Rússia de travar uma “guerra híbrida”, o que Moscou nega.