O dólar encerrou recentemente uma sequência de 12 quedas consecutivas, chegando a R$ 5,7935 na última cotação, acumulando uma desvalorização de 4,87% no período. O principal fator por trás dessa trajetória é o retorno do capital estrangeiro ao mercado brasileiro, que contribuiu para a queda da moeda americana e a valorização da bolsa.
Segundo a B3, houve um fluxo positivo de R$ 6,82 bilhões em janeiro, o maior ingresso de recursos desde agosto de 2024, quando o saldo líquido atingiu R$ 10,01 bilhões. Esse movimento refletiu no Ibovespa, que acumula alta de 4,50% no ano, atingindo 125.534 pontos.
Fatores que influenciam a desvalorização do dólar
Além da entrada de investidores estrangeiros, o dólar tem perdido força globalmente devido à leitura de que o governo de Donald Trump não tomará medidas econômicas tão drásticas no curto prazo. Mesmo após o anúncio de tarifas contra México, Canadá e China, a suspensão das medidas indicou que elas estão sendo usadas como estratégia de negociação, reduzindo o impacto no mercado.
Outro fator relevante foi a divulgação dos dados do relatório Jolts, que mostrou uma queda nas vagas de emprego nos EUA, indicando um desaquecimento do mercado de trabalho americano. Esse dado sugere um cenário mais favorável ao controle da inflação, reduzindo a pressão para novos aumentos nos juros pelo Federal Reserve.
Apesar do alívio recente, analistas alertam para a volatilidade da moeda. Rodrigo Moliterno, da Veedha Investimentos, aponta que a recente alta do dólar foi uma correção técnica após um longo período de quedas e não necessariamente uma mudança de tendência.
Com esse cenário, o mercado segue monitorando a evolução do fluxo cambial e as próximas decisões econômicas nos Estados Unidos e no Brasil, que podem continuar impactando a cotação do dólar nos próximos meses.
