Grupo de 18 pessoas era formado por indígenas originários de reserva indígena kaingang de Benjamin Constant do Sul. MTE alega que eles eram submetidos a “falsas promessas de trabalho, manutenção informalidade e condições degradantes de alojamento”. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, trabalhadores foram encontrados em “condições degradantes de alojamento” em Bento Gonçalves
Divulgação/MTE
Um grupo de 18 trabalhadores foi resgatado de uma empresa de prestação de serviços para a colheita da uva em Bento Gonçalves, na Serra do RS. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, os empregados eram submetidos a situação análoga à escravidão. De acordo com o órgão, 10 trabalhadores já retornaram para casa. A identidade dos envolvidos não foi divulgada.
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O MTE afirma que as seis mulheres e os 12 homens resgatados eram todos originários de reserva indígena kaingang localizada em Benjamin Constant do Sul, cidade do Norte do RS. Segundo a fiscalização, eles estavam alojados em um galpão de madeira sem piso, com paredes e cobertura inadequados, e não tinham dormitório ou camas, precisando dormir em colchões no chão. No local havia ainda um bebê e uma criança de 5 anos, filhos de trabalhadores.
Conforme relato dos trabalhadores, o alojamento chegou a abrigar cerca de 40 pessoas. O local foi interditado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico da cidade.
Ainda de acordo com o MTE, a denúncia do caso partiu de um grupo de 10 trabalhadores, que teriam sido dispensados do trabalho e despejados do alojamento na quarta-feira (5) sem receber. Um mês antes, o grupo havia começado a rotina de trabalho com a promessa de diárias de R$ 150, além de alimentação e moradia. Os pagamentos só teria começado duas semanas depois, e foram feitos apenas para parte do grupo. Os trabalhadores chegaram a passar por exames médicos admissionais, mas nunca tiveram seu registro trabalhista oficializado, segundo a fiscalização.
O produtor rural responsável pela propriedade em que o grupo prestava serviço oferecia café da manhã e almoço para os trabalhadores, além de transporte para a propriedade. Segundo o MTE, os pagamentos do produtor eram feitos corretamente ao intermediário, mas os valores não eram repassados integralmente aos trabalhadores.
O MTE garante que vai emitir seguro-desemprego para os trabalhadores resgatados.
MTE afirma que trabalhadores de Bento Gonçalves estavam alojados em local local sem piso, paredes, camas e cobertura adequados
Divulgação/MTE
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