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A espera de décadas pela divulgação dos arquivos secretos sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy pode estar chegando ao fim, segundo reportagem da ABC News. De acordo com o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI), a intenção é tornar os documentos públicos. A Casa Branca analisa o assunto, após ordem do presidente Donald Trump.
Segundo a ABC, ainda não está claro quando os milhares de documentos serão realmente desclassificados de confidenciais para públicos. A ordem que o presidente assinou no mês passado exigia apenas a entrega de um plano até a sexta-feira (7), “para a divulgação total e completa dos registros relacionados ao assassinato do presidente John F. Kennedy“.
Esperança e desconfiança
Pesquisadores e autores demonstraram satisfação com a mudança. Mas o ceticismo persiste entre os especialistas, com receio de edição dos arquivos até aqui confidenciais, especialmente das partes da CIA (agëncia de inteligëncia) e FBI (a Polícia Federal dos EUA).
“Quão sério [Trump] foi será testado”, disse o autor Jefferson Morley, fundador do site jfkfacts.org, à ABC News.
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De acordo com a emissora, Morley e outros especialistas estão interessados em ter acesso irrestrito aos documentos da CIA sobre a vigilância que a agência de espionagem conduziu sobre o assassino de Kennedy,
A CIA abriu um arquivo sobre Oswald pela primeira vez após sua tentativa de deserção para a União Soviética, em 1959. Nos meses anteriores ao assassinato, a agência rastreou sua visita à Cidade do México, onde ele tentou obter um visto para viajar para Cuba. “Se a ordem de Trump for seriamente implementada, obteremos esses arquivos”, disse Morley.
Prazos estendidos até hoje
A ABC lembra que o Congresso dos EUA votou, em 1992, para que todos os documentos relacionados a assassinatos do governo fossem desclassificados até 2017, um prazo que foi repetidamente estendido pelos presidentes Trump e Biden devido a preocupações levantadas pelas agências de segurança nacional.
A ordem de 23 de janeiro do presidente Trump disse que ele determinou que as redações não são mais “consistentes com o interesse público” e que “a divulgação desses registros está muito atrasada”.
Trump também solicitou um plano para a divulgação de registros classificados relacionados aos assassinatos de Martin Luther King Jr. e Robert F. Kennedy, com prazo final para o início de março.
O Arquivo Nacional, que detém a custódia dos registros relacionados ao assassinato, declarou para a ABC News que “espera implementar a orientação do Presidente em parceria com nossos parceiros de agência”.