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Os deportados partiram de Alexandria, no estado da Louisiana, com destino a Fortaleza e depois seguiram para Belo Horizonte. A capital cearense é uma das cidades brasileiras mais próximas dos Estados Unidos, e foi escolhida para evitar que os deportados sobrevoem território brasileiro algemados. O segundo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos neste novo mandato de Donald Trump pousou na capital mineira por volta das 21h40 desta sexta-feira (7) no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Região Metropolitana.
Desta vez, os passageiros desembarcaram sem as algemas já em Fortaleza. (saiba mais abaixo) O voo com destino a Belo Horizonte saiu da capital cearense pouco antes das 19h.
Ao todo, 111 deportados deixaram os EUA nesta sexta com rumo ao Brasil. Destes, 88 seguiram de Fortaleza a caminho de Belo Horizonte, em um voo fretado da Força Aérea Brasileira (FAB).
Os brasileiros que chegaram no voo agradeceram a recepção que tiveram do governo brasileiro, eles contaram que foram bem tratados e recebidos com kit’s de higiene e lanches.
Na tarde desta sexta, a Fecomércio, responsável pelo Sistema S, divulgou que oferecerá transporte, alimentação e hospedagem aos deportados na unidade do Sesc Venda Nova, na capital mineira, por dez dias. Os interessados também vão receber capacitação profissional.
Retirada das algemas
Segundo a Secretária de Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, os passageiros viajaram com algemas nas mãos e nos pés, sendo retiradas no momento em que pousaram no Brasil.
No primeiro voo desta era Trump, no último dia 25, os deportados desembarcaram algemados durante uma conexão em Manaus.
Por isso, o governo brasileiro decidiu que este novo grupo pousaria em Fortaleza, uma das cidades brasileiras mais próximas dos EUA.
A motivação é reduzir o tempo em que os deportados passariam algemados no voo, medida adotada como praxe pelo governo americano. (entenda mais abaixo)
A secretaria também informou que os brasileiros deportados não tiveram acesso a alimentação e chegaram a passar 12 horas sem comer.
O avião que pousou em Fortaleza partiu de Alexandria, no estado norte-americano de Louisiana, com uma escala técnica em Porto Rico. Depois, seguiu direto para a capital cearense.
Veja perguntas e respostas sobre o impasse envolvendo a deportação de brasileiros algemados pelos EUA
Voo com 111 brasileiros deportados chega a Fortaleza
Impasse das algemas
Este é o segundo avião enviado pelos EUA com imigrantes deportados desde o início do novo governo de Donald Trump. Nos últimos dias do governo de Joe Biden, em 10 de janeiro, um outro avião com 100 imigrantes deportados já havia pousado no Brasil.
O primeiro voo da nova era Trump, no último dia 24, chegou ao Brasil em meio a polêmicas sobre as condições as quais o grupo foi submetido ao longo do trajeto.
Ao longo da viagem, houve um desentendimento com a tripulação devido ao calor, e os 88 deportados abriram uma porta de emergência e desembarcaram por uma ponte inflável ainda algemados.
Segundo a Polícia Federal, o uso de algemas em imigrantes é uma praxe em voos fretados dos EUA para repatriação, mas elas são retiradas ao pousar no Brasil, pois os deportados não são prisioneiros.
Ainda de acordo com essas fontes, a praxe é retirar as algemas dos migrantes quando o avião fretado pousa no Brasil. Entretanto, isso não aconteceu no voo que chegou ao país no dia 24: os brasileiros foram mantidos algemados durante o desembarque em Manaus.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ordenou a retirada das correntes e solicitou que os deportados fossem levados a Belo Horizonte em um voo da FAB. Itamaraty diz que cobrará EUA por tratamento ‘degradante’.
Avião da Força Aérea Brasileira que transportou brasileiros deportados dos Estados Unidos de Fortaleza (CE) para Belo Horizonte (MG).
Thiago Gadelha/Sistema Verdes Mares
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