O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), voltou a subir nesta quarta-feira, após três sessões em queda. O índice encerrou o pregão em alta de 0,31%, aos 125.534,07 pontos, impulsionado pelo desempenho do setor bancário, puxado pela alta do Santander após a divulgação dos resultados trimestrais.
No mercado internacional, o foco do dia são as decisões sobre juros no México e no Reino Unido, com os Bancos Centrais pressionados em meio ao cenário de cautela devido à escalada das tarifas comerciais dos Estados Unidos. Também há expectativa para a divulgação dos dados da folha de pagamentos (payroll), nesta sexta-feira (7).
No Brasil, a agenda segue mais tranquila, com maior destaque pera o cenário corporativo, com a temporada de balanços. Após o upgrade com os resultados do Santander nesta quarta-feira, hoje a Bolsa repercute o balanço de Itaú, que caiu 2% no after-hours.
Nesta quinta-feira (6), o dólar abriu em alta de 0,18%, a R$ 5,80 e o dólar futuro sobe 0,15%, a R$ 5,83. Os juros futuros e o Ibovespa futuro também seguem em alta. O índice sobe 0,19%, aos 126.105 pontos.
Manchetes desta manhã
- Com juro alto e menos crédito, produção de bens de capital deverá perder fôlego (Valor)
- Plano de Trump para Faixa de Gaza viola leis internacionais e recebe repúdio global (Globo)
- Ação do governo Lula contra fome abastece ONGs de petistas que não entregam refeições previstas (Globo)
- Embraer encerra 4º trimestre com carteira de pedidos em valor histórico de US$ 26,3 bi (Valor)
Mercado global
As bolsas da Europa operam em alta na sessão desta quinta-feira, próximas de atingir mais uma marca recorde, impulsionadas por uma série de lucros otimistas e na expectativa da decisão sobre a política monetária do Banco da Inglaterra (BoE), que optou por cortar os juros em 25pb, a 4,50%.
Na Ásia, os índices fecharam em alta, na esteira do movimento positivo de Nova York e com apoio das ações montadora chinesa, BYD, que convocou coletiva para a semana que vem, impulsionando os negócios em Xangai e Shenzhen.
Em Nova York, o S&P 500 futuro sobe 0,2%, Stoxx Europe avança 0,8%, o Nikkei fechou em alta de 0,6% e o Shanghai +1,3%.
Confira os principais índices do mercado:
- FTSE 100 +1,2%
- MSCI EM +0,4%
- Dollar Index +0,3%
- Yield 10 anos +1,8bps a 4,4362%
- Petróleo WTI +0,9% a US$ 71,68 barril
- Futuro do minério em Singapura +2,3% a US$ 106,2
- Bitcoin +2,1% a US$ 98957,56
Commodities
Petróleo: aumento de preços da Saudi Aramco reverte perdas da commodity. O Brent/abril sobe 0,88%, a US$ 75,27 e o WTI/março avança 0,97%, a US$ 71,72.
Minério de ferro: fechou em alta de 1,43% em Dalian na China, cotado a US$ 112,11/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em alta de 2,23%, cotados a US$ 106,10/ton. O mercado à vista avança 1,98%, cotado a US$ 106,50/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, o dólar e yield dos treasuries recuaram nesta quarta-feira após os dados do setor de serviços terem vindo mais fracos do que o esperado pelo mercado, tranquilizando em relação preocupações com a inflação norte-americana.
Destaque também para o calendário dos balanços corporativos, com destaque para as ações da AstraZeneva e da ArcelorMittal, que subiram após a divulgação dos resultados; além da Amazon, com divulgação prevista para esta quinta-feira, após o fechamento do mercado.
Na Zona do Euro, as vendas no varejo caíram 0,2% em dezembro, na comparação mensal, ante expectativa do mercado de recuo de 0,1%.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda segue esvaziada de indicadores importantes, com destaque apenas para o leilão de NTN-Fs e LTNs doTesouro e a continuidade da temporada de balanços.
Hoje, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo participa da conferência do BIS na Cidade do México, sobre meios de pagamento, às 14h30.
Repercute, ainda, no mercado, a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à GloboNews, de que a política monetária poderá “desacelerar um pouco” e que o presidente Lula tem “preocupações justas” sobre o impacto dos ajustes fiscais nas populações mais pobres, embora “vá assimilando” as necessidades de medidas fiscais.
Destaques no mercado corporativo
- Itaú: teve lucro de R$ 10,8 bilhões no 4º trimestre, com crescimento de 15,8% na comparação com igual período de 2023. O banco anunciou ainda R$ 15 bilhões em dividendos e programa de recompra de até R$ 3 bilhões em ações.
- Braskem: as vendas da empresa no Brasil cresceram 23% no 4º trimestre, ante mesmo período de 2023.
- Prio: anunciou a emissão de R$ 1,2 bilhão em debêntures.
- Neoenergia: anunciou que a EDF Brasil e a STOA adquiriram 100% de suas ações na Geração Céu Azul (GCA). A transação foi avaliada em R$ 1,43 bilhão, com o preço sujeito a ajustes usuais.
- Eletromidia: aprovou sua 7ª emissão de debêntures simples, totalizando R$ 800 milhões. Os títulos terão um prazo de 1.565 dias, com vencimento em 20 de maio de 2029.
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