Criada por Rita Batata e Mariana Leme, a peça tem como inspiração o clássico do cinema Thelma & Louise, mas cria uma dramaturgia original tecida a partir de histórias reais de mulheres
Fotos de Renato Batata
Vídeo do espetáculo
O espetáculo Eu sou Thelma e ela é minha Louise celebra a força da amizade feminina diante dos desafios da vida.
Após sua estreia no Sesc Santo Amaro em 2024, a peça chega ao centro de São Paulo com apresentações de quarta a sexta-feira, no Complexo Cultural Funarte SP, nos dias 19, 20 e 21 de fevereiro, às 20h.
O trabalho da RIMA Coletiva, criado e protagonizado por Rita Batata e Mariana Leme, inspira-se no clássico filme Thelma & Louise, dirigido por Ridley Scott em 1991.
Na montagem, a equipe criativa, inteiramente feminina, aprofunda a pesquisa da companhia sobre as múltiplas linguagens da cena contemporânea.
Conforme a história avança ao longo dos anos, a linguagem cênica também se modifica.
“A encenação se constrói na interseção de diferentes linguagens: no diálogo, na relação direta com o público, na materialidade dos nossos corpos, no humor, no drama e na fragmentação do discurso. Brinco que colocamos nesta peça todos os espetáculos que sempre quisemos fazer. Uma dinâmica que se entrelaça para criar uma experiência que, assim esperamos, transborda o palco e reverbera no espectador”, explica a diretora e atriz Mariana Leme.
“Dessa forma, a polissemia do espetáculo convoca o público a permanecer em estado de atenção, preenchendo as lacunas com sua própria imaginação. Queremos despertar a Thelma e a Louise que moram em cada espectador”, complementa a dramaturga e atriz Rita Batata.
A trama acompanha a amizade entre Vera e Madu, que se conhecem ainda nos anos 90. Assim como no filme, um abuso sexual altera o rumo de suas vidas.
Com o passar dos anos, a história revela a trajetória das filhas dessas duas amigas, Teresa e Luiza.
A peça não é uma autoficção nem uma adaptação teatral do filme, mas uma dramaturgia original tecida a partir de histórias reais de mulheres, utilizando as linguagens da cena contemporânea para explorar a relação entre ficção e realidade.
As personagens se lançam em um futuro hipotético, imaginando como seriam suas vidas se não tivessem enfrentado certas violências.
A concepção visual do espetáculo explora um espaço-tempo não linear, criando uma plasticidade que apoia os deslocamentos subjetivos da obra.
Ao fundo do espaço cênico, uma instalação com elementos de luz e a imagem de uma estrada em tecido translúcido remetem tanto ao para-brisa de um carro em movimento quanto à capacidade da memória de reeditar passado, presente e futuro com cores saturadas e vibrantes.
Na cena, elementos essenciais tornam-se ora simbólicos, ora funcionais.
As atrizes permanecem sempre no espaço cênico e, juntas, contam uma história que se inicia no contexto do filme hollywoodiano, transita pela ficção e se completa com nuances biográficas, retratando o tema da amizade em um intercâmbio declarado entre intérpretes e personagens.
Os figurinos utilizam principalmente o jeans, um tecido resistente que perdura por diversas gerações, contribuindo simbolicamente com a ideia de hereditariedade e construção conjunta de memórias e experiências.
Peças de roupas antigas foram transformadas por meio da técnica de upcycle, resultando em novas vestimentas com estética moderna e única.
Parceria com a Funarte
A relação da RIMA Coletiva com a Funarte é marcada por uma colaboração contínua. Em 2022, a companhia foi premiada por seu histórico, iniciando a pesquisa que levou ao desenvolvimento deste espetáculo.
Com o apoio do Programa Laboratório da Cena, as artistas abriram o processo criativo ao público no Complexo da Funarte/SP.
Em 2024, foram convidadas para a Semana Funarte Mulher, onde apresentaram dois ensaios abertos no Teatro de Arena Eugênio Kusnet.
As apresentações de fevereiro no Complexo Cultural Funarte SP celebram essa parceria, representando um marco significativo na trajetória da companhia.
Sinopse
A peça aborda a amizade entre mulheres por meio da trajetória de Vera e Madu que se inicia nos anos 90. Ao longo das décadas, a história acompanha suas filhas, Teresa e Luiza, até chegar aos dias atuais.
Assim como no filme “Thelma & Louise”, um abuso sexual altera o rumo de suas vidas.
Ficha Técnica
Dramaturgia e Atuação: Rita Batata
Direção e Atuação: Mariana Leme
Direção de Arte e Figurino: Bia Pieratti e Carol Roz
Desenho de Luz: Aline Santini
Trilha Sonora Original: Camila Couto
Direção de Movimento: Ana Paula Lopez
Orientação Corporal: Gisele Calazans
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Fotos de estúdio: Carmen Campos
Design: Juliana Mesquita – Aldeia Hum Design
Idealização e Produção: RIMA Coletiva
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Serviço
Eu sou Thelma e ela é minha Louise, com RIMA Coletiva
Temporada: 19, 20 e 21 de fevereiro
De quarta a sexta, às 20h
Complexo Cultural Funarte SP – Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)
*Quem comprar até 10/02 para R$20,00
Venda Sympla ou na bilheteria do teatro https://www.sympla.com.br/produtor/rimacoletiva
Na bilheteria da Funarte aceitam dinheiro ou pix
Classificação: 16 anos
Duração: 80 minutos
Capacidade: 70 lugares
Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
Pombo Correio Assessoria de Comunicação
Douglas Picchetti e Helô Cintra
(11) 9 9814-6911 | (11) 9 9402-8732
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