O dia 4 de fevereiro marca os 39 anos da criação da Associação dos Funcionários do BNB – AFBNB, entidade fundada no período de redemocratização do Brasil e que acumula em sua história um rol de lutas em defesa da região Nordeste, dos trabalhadores do BNB e da própria instituição Banco do Nordeste.
A criação da AFBNB se confunde com os debates, durante a Assembleia Nacional Constituinte, para a criação dos Fundos Constitucionais de Financiamento e inclusão destes instrumentos tão importantes para a redução das desigualdades entre as regiões na Constituição Federal de 1988. A Associação nasceu desse movimento, tendo sido responsável pela coleta de 40 mil assinaturas favoráveis à então Emenda Popular 70, que, no geral, tratava da questão regional, do desenvolvimento socioeconômico e dos organismos regionais e da equidade na participação dos recursos federais – embrião do artigo que criou o FNE, FNO e FCO.
A longevidade da AFBNB se deve em boa parte ao diferencial de sua atuação, que não se restringe a questões internas ou corporativas, ao contrário, engloba questões institucionais micro e macro, cuja repercussão recai sobre a sociedade, sobre o coletivo. Por exemplo, ao defender os interesses do Banco do Nordeste, a Associação o faz na perspectiva do fortalecimento da maior instituição de desenvolvimento da região Nordeste e norte de Minas Gerais e Espírito Santo. E a luta para fortalecer uma instituição de desenvolvimento é a luta em defesa da região atendida e de sua população.
Por isso, nessas quase quatro décadas, a AFBNB tem trabalhado incansavelmente para manter em equilíbrio o tripé que baliza a sua missão: Trabalhar pelo desenvolvimento do Nordeste, através do combate às desigualdades sociais/ Atuar na preservação do BNB, enquanto indutor do desenvolvimento nordestino/ Defender os interesses de seus associados nas relações de trabalho com o BNB.
Nesse caminho trilhado a muitas mãos, mentes e corações – afinal, representamos mais de cinco mil trabalhadores da ativa e aposentados – o diálogo com diferentes setores; a interlocução com o Parlamento; e a vigilância permanente ao cenário político, econômico e social são características marcantes da ação da AFBNB.
Hoje, os desafios só aumentam: as relações de trabalho estão mais fragilizadas; o Nordeste avança, embora ainda aquém de suas potencialidades; o BNB vez por outra fica refém de disputas políticas, mas segue sendo o principal instrumento de desenvolvimento da região. Quanto a nós, seguimos firmes, atentos e atuantes na nossa missão e comprometidos com o coletivo, o respeito ao controverso e a democracia.
RITA JOSINA
DIRETORA-PRESIDENTE
DA AFBNB
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