O Pré-Carnaval de Fortaleza 2025 ganha um novo e vibrante espaço com o bloco “Esse Ano Eu Não Morro”, uma celebração à obra de Belchior, ícone da música brasileira e cearense. Com uma proposta única, o bloco homenageia o cantor e compositor, cujo legado continua a emocionar gerações. A primeira saída do bloco acontece no dia 7 de fevereiro, no Centro Cultural Belchior, na Praia de Iracema, e conta com a participação de artistas como a cantora Vannick Belchior, filha do músico, dentre outros artistas.
Idealizado por Alfredo Marques, Genny Oliveira, Mazé Veras, Sônia Bayma e Wanha Rocha, o bloco tem como missão criar uma programação cultural que resgata e promove as raízes musicais do Ceará, além de criar uma festa de rua com a cara do fortalezense. O evento contou com o apoio da Prefeitura de Fortaleza e o envolvimento da comunidade local, consolidando um novo ponto de encontro no coração da cidade, celebrando a memória e a música de Belchior.
Motivação
A ideia de criar o bloco surgiu há dois anos, a partir de um projeto cultural do Centro Cultural Belchior, que recebeu o pedido de um grupo de senhoras que praticavam ginástica no entorno do espaço. Durante as reuniões, surgiu a vontade de criar algo mais amplo, que unisse a história de Belchior com a festividade popular do Carnaval. Alfredo Marques, um dos organizadores, explica: “A ideia de cantar Belchior em ritmo de carnaval foi uma forma de dar identidade ao nosso bloco, com uma proposta autêntica que valorizasse a cultura local, principalmente a música cearense.”
Para Alfredo, a iniciativa se alinha com a tradição de outros estados que reverenciam seus ícones musicais durante o Carnaval. “Quando vemos o frevo em Pernambuco ou os sambas de Rio e Salvador, é importante que Fortaleza também reverencie seus artistas, como Belchior, e celebre sua própria musicalidade”, afirma.
Expectativas
O bloco “Esse Ano Eu Não Morro” promete ir além da festa de rua e se tornar um ponto de referência no carnaval de Fortaleza. A proposta é não apenas reunir foliões, mas também criar uma memória cultural, como explica Alfredo: “Nós queremos que as pessoas se identifiquem com o que estamos fazendo, que se sintam parte dessa celebração, que é nossa, do Ceará, com um Carnaval que tenha nossa cara, nosso ritmo.”
A estreia do bloco em 2024 atraiu um público significativo ao Centro Cultural Belchior, com uma programação recheada de apresentações de músicos locais, como a filha de Belchior, Vannick, que com sua voz imbatível encantou a todos. Além disso, a parceria com a banda de Armando Telles trouxe um novo formato para as canções do ícone cearense, com um ritmo de samba e frevo que fez a festa ainda mais envolvente.
“Fazemos uma homenagem aos grandes músicos cearenses e buscamos manter a essência de nossa música popular brasileira, dando-lhe uma nova roupagem, sem perder a beleza da obra original. É o carnaval com o melhor da música do Ceará”, comenta Alfredo Marques.
Próximos passos
Com um plano de expansão para os próximos anos, a ideia é levar o bloco para as ruas de Fortaleza, com a participação de multidões, até se tornar um dos maiores e mais representativos eventos do carnaval da cidade. Marques compartilha o sonho de criar um carnaval que reverencie não apenas Belchior, mas também outros nomes como Fagner, Ednardo e Fausto Nilo, ampliando a voz dos cearenses em ritmos contagiantes.
“Nosso objetivo é que, no futuro, tenhamos um carnaval que percorra as ruas de Fortaleza, levando a música de Belchior e outros artistas cearenses. Queremos que o bloco seja um símbolo do nosso estado, celebrando nossa cultura e nossa identidade”, diz ele.
O bloco “Esse Ano Eu Não Morro” já está no radar de muitos foliões e turistas, prometendo ser uma das grandes atrações do Pré-Carnaval de Fortaleza. E o que parece ser apenas o começo de uma jornada cultural transformadora se reafirma, a cada edição, como uma grande homenagem a Belchior, que, mesmo após sua partida, segue unindo gerações em torno de sua música atemporal.
Por Priscila Sampaio
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