A decisão se deu após uma guerra generalizada pelas ruas da Região Metropolitana do Recife
O presidente do Rubro-negro, Yuri Romão, repudiou a decisão do Governo de Pernambucano que determinou que os próximos cinco jogos envolvendo Santa Cruz e Sport terão portões fechados. Em nota enviada à imprensa, ele afirmou que os clubes não tem culpa da barbárie que aconteceu em vários bairros do Recife.
“O que ocorreu hoje em nada tem a ver com o futebol. Trata-se de uma barbárie, fomentada, principalmente, por questões sociais. Acrescento que, o assunto deve ser tratado pelo poder público e pelas forças de segurança do estado e pelo poder judiciário”, iniciou o presidente do Sport.
“Nenhum dos clubes que estiveram em campo na tarde de hoje possuem poder para inibir a ação desses marginais. Por isso mesmo, não podem ser punidos com a medida extrema de “fechamento” de portões. Imputar responsabilidades a estas associações é decretar a falência da segurança pública de Pernambuco, bem como, do futebol do nosso estado”, finalizou.
Ou seja, para o duelo entre Sport e Fortaleza, marcado para a próxima terça-feira (4), na Ilha do Retiro, às 21h30, pela Copa do Nordeste, já não haverá torcidas no estádio rubro-negro. Além dessa partida, o Leão da Ilha ficaria sem público contra Maguary e Náutico, pelo Estadual, Moto Club, pelo Nordestão, e mata-mata do Estadual ou CRB pelo Nordestão.
No caso do Santa Cruz, essa determinação já deixa claro que, em uma hipotética ida para a final da competição, o Arruda não terá torcida – ao todo seriam um jogo da primeira fase, uma partida da segunda fase ou semifinal e mais o jogo da decisão, além de, no mínimo, mais uma da Série D.
Balanço das brigas
A Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) divulgou nota na noite deste sábado para atualizar a situação após as cenas de selvageria e confusão vistas nas ruas do Recife entre facções de Santa Cruz e Sport. Não houve registro de mortes. Ao todo, 12 torcedores foram encaminhados para o Hospital da Restauração, sendo que três deles ainda internadas.
A PMPE divulgou que “14 pessoas foram detidas por violência entre torcedores, após incidentes nos bairros da Iputinga, Torre e Madalena. Confusões também foram registradas em locais da RMR”.
Ainda segundo a nota, “antes do jogo cerca de 650 pessoas foram conduzidas até o Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) e passaram por revista, sendo acompanhados, até o local da partida, no Arruda”.