O relatório preliminar da colisão entre um avião e um helicóptero perto de Washington deve sair em 30 dias. A informação foi divulgada, nessa quinta-feira (30), pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB, na sigla em inglês). Já o relatório final deverá ser divulgado após a conclusão da investigação.
Segundo Todd Inman, membro do Conselho, a equipe de investigação ficará no local do acidente o tempo necessário para obter as informações necessárias para indicar a possível causa da colisão. “Nossa missão é entender não apenas o que aconteceu, mas porque aconteceu e fazer recomendações de segurança para que isso não aconteça de novo.”
Autoridades não irão especular sobre as supostas causas do acidente, disse Inman. O Conselho também colocou à disposição das empresas e autoridades envolvidas corpo técnico e equipamentos para a investigação do caso.
A identificação das vítimas ficará a cargo do serviço forense de Washington. Grupos de trabalho de operações analisarão o histórico de acidentes aéreos antes da colisão, que ocorreu na quarta-feira (29). Também haverá equipes para analisar as documentações das aeronaves, peças, possibilidade de erro humano e outras informações coletadas na investigação.
Jennifer Homendy, chefe do NTSB, disse que não ouviu as declarações do presidente Donald Trump sobre o caso. Mais cedo, o republicano tentou atribuir parte da culpa do acidente aéreo aos governos de Barack Obama e Joe Biden. Sem provas, ele também tentou relacionar o caso com políticas de diversidade.
“Como parte de toda a investigação, nós olhamos para o lado humano, a máquina e o ambiente. Olharemos para todos esses fatores envolvidos no acidente. Isso é padrão em qualquer parte da nossa investigação. Temos muita informação, mas precisamos de tempo para verificá-las”, afirmou Homendy.
As caixas-pretas do avião e do helicóptero estão submersas e ainda não foram recuperadas. Homendy explicou que não é incomum que o NTSB trabalhe com caixas-pretas que ficaram submersas e há um setor no Conselho responsável por essa análise.
Entre as 64 pessoas que estavam no avião que caiu no Rio Potomac, em Washington, havia um grupo de patinadores artísticos, que voltava de acampamento que ocorre após o campeonato nacional de patinação artística, realizado neste ano em Wichita, no Estado do Kansas. A informação é da entidade governamental americana para o esporte.
Autoridades afirmaram que, depois de horas de operações de busca, eles não esperavam encontrar nenhum sobrevivente. E que 28 corpos foram recuperados, sendo 27 do avião e um do helicóptero militar que se chocou com a aeronave maior, causando o acidente.
Nenhuma organização oficial confirmou quantos patinadores estavam a bordo do avião comercial. A imprensa russa afirmou, porém, que havia três ex-patinadores russos no avião, e que outros dos presentes eram filhos de emigrantes do país nos Estados Unidos.
No grupo estariam os campeões mundiais Ievgenia Chichkova e Vadim Naumov, que são casados. Eles eram treinadores do filho, Maxim, e acredita-se que o acompanhavam na viagem.
O Kremlin confirmou que havia cidadãos russos na aeronave, mas não disse quantos. O governo de Vladimir Putin enviou condolências às famílias das vítimas russas e acrescentou que não havia planos de o presidente conversar com Donald Trump sobre o episódio, por ora.
Trump, questionado ontem se planejava visitar o local da colisão, respondeu “quer que eu nade? Eu tenho plano para visitar, não o local. Você quem me diz, o que é o local? A água? Quer que nade?”
O jato comercial pertence à American Airlines e colidiu com um helicóptero militar sobre o Rio Potomac, na região próxima ao Aeroporto Ronald Reagan, a 6 km do centro de Washington. Segundo a companhia aérea, havia 60 passageiros e 4 tripulantes na aeronave. Já o helicóptero, carregava três soldados.
As informações estão atualizadas até o fechamento desta edição.
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