As contas do Governo Central encerraram 2024 com um déficit primário de R$ 43 bilhões, equivalente a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB).
O resultado, que representa a diferença entre receitas e despesas antes do pagamento de juros da dívida pública, foi inferior à mediana das projeções do mercado, que apontava um déficit de R$ 45,70 bilhões.
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Sem considerar os gastos extraordinários com o Rio Grande do Sul e outras despesas excluídas do cálculo da meta fiscal, o déficit foi menor, totalizando R$ 11,032 bilhões (0,09% do PIB).
Receitas e despesas em 2024
As receitas do governo tiveram um crescimento real de 9% em relação a 2023, impulsionadas pelo aumento da arrecadação de impostos e contribuições. Por outro lado, as despesas registraram queda de 0,7% no mesmo período, já considerando o impacto da inflação.
O Tesouro Nacional também destacou que o saldo de recursos não utilizados (empoçamento) somou R$ 12,5 bilhões ao final do ano, uma redução de R$ 21,6 bilhões em comparação a novembro.
Comparação com anos anteriores
O desempenho de 2024 foi o melhor desde 2022, quando o Governo Central registrou um superávit de R$ 54 bilhões. Em 2023, as contas fecharam com um rombo de R$ 230,535 bilhões (2,1% do PIB).
Perspectivas para 2025
Para este ano, o governo estabeleceu como meta um resultado primário neutro (0% do PIB), com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos. O teto de déficit permitido, segundo o arcabouço fiscal, é de R$ 28,8 bilhões.
No último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, o Ministério do Planejamento e Orçamento estimou um déficit de R$ 27,746 bilhões para 2025, sinalizando desafios para o cumprimento da meta fiscal.
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