O Brasil registrou um volume recorde de importação de fertilizantes em 2024, atingindo 44,3 milhões de toneladas, um crescimento de 8,3% em relação ao ano anterior. Segundo o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os portos brasileiros desempenharam papel essencial nesse aumento. O Porto de Paranaguá liderou com 11 milhões de toneladas, seguido pelo Porto de Santos, que movimentou 8,88 milhões, e pelos portos do Arco Norte, que cresceram de 5,97 milhões para 7,52 milhões de toneladas.
O relatório também apontou um crescimento nas exportações de soja pelo Arco Norte, que em dezembro representaram 34,8% do total nacional, superando os 33,8% do ano anterior. Esse avanço reflete a busca por novas rotas logísticas para reduzir custos e otimizar o escoamento da safra brasileira.
No mercado de fretes, diferentes regiões do país apresentaram variações nos custos de transporte. Na Bahia, a menor demanda por grãos resultou na queda dos preços dos fretes, enquanto no Distrito Federal os valores se mantiveram estáveis. Goiás também registrou redução nas cotações, com exceção de algumas rotas em Cristalina e Catalão.
Já no Maranhão, a movimentação de fretes rodoviários para o Porto de Itaqui foi interrompida devido à falta de estoques, enquanto no Mato Grosso os preços caíram em quase todas as rotas. No Mato Grosso do Sul, a oscilação negativa nas tarifas refletiu a menor disponibilidade de produtos para transporte.
Em Minas Gerais, as exportações de café continuaram aquecidas, garantindo estabilidade nos valores dos fretes. No Piauí, o cenário permaneceu retraído, afetando as tarifas das principais rotas do agronegócio estadual. O cenário reforça a importância da infraestrutura logística para sustentar o crescimento do agronegócio brasileiro. O aumento das importações de insumos e a variação no mercado de fretes indicam a necessidade de investimentos para garantir a competitividade do setor no mercado global.
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