Dirceu Paiva foi responsável pelos cuidados e manutenção da sala de troféus do Santa Cruz por décadas, além de ser um grande conhecedor da história coral
Uma história que se confundia com a do clube que tanto amou. Uma partida que deixa em luto o Santa Cruz. Morreu, nesta sexta-feira (24), o senhor Dirceu Paiva, o “guardião da memória tricolor”. Ele tinha 94 anos e a causa da morte não foi divulgada.
A confirmação veio através do perfil oficial do Conselho Deliberativo do Santa Cruz, que exaltou a figura de Dirceu Paiva.
“O Conselho Deliberativo do Santa Cruz lamenta, com profundo pesar, o falecimento do benemérito Dirceu Paiva. Guardião da sala de memória do clube, dedicou sua vida à preservação da história do nosso clube. Um dos maiores santacruzenses de todos os tempos. Descanse em paz”, disse em nota.
Dirceu Paiva dedicou décadas da sua vida para preservar e manter viva a história do Santa Cruz. Desde o seu passado de glórias, do pentacampeonato, do Terror do Nordeste nos anos 1970 com grandes campanhas no Brasileirão, do Tri-super campeonato, da Copa do Nordeste, de diversas taças e conquistas do Tricolor.
Tamanha era a sua importância para manter viva a história coral, a sala de troféus foi batizada de “Sala de Memórias Dirceu Paiva”. Uma homenagem mais do que justa, feita em vida.
Acolhedor, o “guardião da memória tricolor” contava a história das diversas conquistas representadas pelas taças ali expostas. A icônica “excursão da morte” que o Santa Cruz fez nos anos 1940 eram uma das grandes aulas possíveis de ouvir na voz de Dirceu Paiva.
Inclusive, em texto publicado no próprio site do Santa Cruz, Dirceu falou da sua relação com o Mais Querido, ele explicou como o torcedor se sentia ao estar presente na sala de memórias do clube.
“Aqui é uma grande vitrine do Santa. O torcedor fica com uma sensação de valorização. A gente recebe, conversa, ele se sente valorizado”, explicou.
Em meio a esse sentimento que o torcedor sentia ao estar ali, vendo cada conquista dos mais de 100 anos do Tricolor materializada, uma dessas sensações era compartilhada por vários: “Chorar aqui é a coisa mais comum do mundo”, contou.
Hoje o Santa Cruz e sua torcida sente o luto. Se despedem de um dos maiores tricolores que existiram. Um exemplo de amor ao clube, de preservação do que passou, do que já foi o Santa Cruz e que um dia há de voltar a ser. O legado de Dirceu Paiva é eterno.