O dólar à vista encerrou o pregão desta sexta-feira (17) próximo da estabilidade, com uma leve alta de 0,2%, cotado a R$ 6,06, após um pregão marcado pela volatilidade. A moeda americana oscilou entre R$ 6,02 na mínima e R$ 6,09 na máxima.
Na semana, o dólar acumulou queda de 0,6% frente ao real. De acordo com André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online, os dados positivos da economia norte-americana, incluindo o índice de preços ao consumidor (CPI) de 2024, ajudaram a sustentar o real.
Por outro lado, declarações de Scott Bessent, indicado por Trump para liderar o Departamento do Tesouro, geraram preocupações. Ele reiterou a intenção de adotar uma política tarifária mais agressiva, o que pode pressionar o dólar a subir em 2025.
Conversa entre Trump e Xi Jinping domina os mercados
A valorização do dólar foi contida durante a tarde após notícias de uma conversa entre o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping. Ambos discutiram questões relacionadas ao comércio internacional e redes sociais, sinalizando um tom mais cooperativo.
Entre os temas destacados, Trump também se reuniu com o CEO do TikTok, discutindo a possibilidade de evitar um banimento do aplicativo nos EUA. Para analistas, essas discussões podem influenciar diretamente as relações comerciais entre EUA e China, trazendo volatilidade ao mercado cambial.
Declarações de Haddad sobre o dólar
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou o cenário cambial em entrevista à CNN Brasil. Questionado sobre o dólar acima de R$ 6, Haddad afirmou que “não compraria dólar acima de R$ 5,70”, sugerindo que a atual cotação está elevada em relação aos fundamentos econômicos do Brasil.
Haddad evitou projeções sobre uma possível queda da moeda abaixo de R$ 6, citando fatores externos, como juros no exterior e incertezas geopolíticas, como determinantes para o câmbio.
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