Entre abril e junho deste ano, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida registrou um aumento impressionante de 46% nas vendas se comparado ao segundo trimestre de 2023. Este crescimento é significativamente superior aos 17,9% observados na comercialização geral de apartamentos no Brasil no mesmo período, evidenciando uma disparada nas vendas relacionadas ao programa do governo federal.
Os dados foram divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e abrangem 221 cidades, incluindo as 27 capitais e principais regiões metropolitanas do país. Se descontarmos as unidades vendidas dentro do MCMV, a variação no período é de apenas 3,4%, o que reforça a força do programa habitacional em comparação com outros setores.
Minha Casa, Minha Vida impulsiona o mercado imobiliário
No segundo trimestre de 2024, o Valor Geral de Vendas (VGV) do mercado imobiliário nacional foi de R$ 53 bilhões, um aumento de 20,2% em relação ao mesmo período de 2023 (R$ 44 bilhões). Foram vendidas 93.743 unidades residenciais em todo o país, um recorde desde 2016, quando o levantamento começou. Deste total, o Minha Casa, Minha Vida representou 42% do mercado, com 39.332 apartamentos vendidos.
Como o aumento da inflação controlada e novos empregos afetam o Minha Casa, Minha Vida?
A inflação controlada e a criação de novos empregos têm sido fatores positivos para o crescimento do programa Minha Casa, Minha Vida, segundo o presidente da CBIC, Renato Correia. Ele destacou que, com esses elementos favoráveis, a expectativa é de um segundo semestre ainda mais promissor. “Quando o governo ajusta os parâmetros do programa, vemos as vendas subirem rapidamente. O setor imobiliário, porém, é de resultados a médio e longo prazo”, afirmou Correia.
Lançamentos do Minha Casa, Minha Vida
No segundo trimestre deste ano, o número de novos lançamentos variou 7% em comparação ao mesmo período do ano passado, passando de 78.431 novas unidades para 83.930. Este montante, entretanto, é inferior ao total de unidades vendidas no mesmo período, o que indica um consumo maior que a oferta disponível.
Dentro do âmbito do Minha Casa, Minha Vida, foram lançadas 44.764 unidades, correspondendo a 53% do mercado e apresentando um aumento de 87% em relação ao total lançado pelo programa no segundo trimestre de 2023, quando a política habitacional respondia por apenas 30% das unidades verticais lançadas.
Quais são os efeitos do ajuste das faixas de renda no Minha Casa, Minha Vida?
Recentemente, o governo reajustou as faixas 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida para aumentar o acesso das famílias a moradias. O impacto dessa medida tem sido sentido no aumento das vendas, uma vez que mais pessoas se qualificam para o programa. O presidente da CBIC também mencionou a disponibilidade de recursos do FGTS e da caderneta de poupança como pontos-chave para essa expansão.
Com estas ações, as vendas no âmbito do MCMV têm aumentado rapidamente, demonstrando como ajustes governamentais podem gerar resultados significativos no setor imobiliário.
- Inflação controlada
- Geração de novos empregos
- Disponibilidade de recursos do FGTS e poupança
Como resultado, o setor imobiliário brasileiro está em uma fase de crescimento robusto, e, se a tendência atual se mantiver, o segundo semestre de 2024 promete ser ainda mais positivo.
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