O Produto Interno Bruto (PIB) da China avançou 5% em 2024, atingindo a meta do governo para o ano, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês). No quarto trimestre, o PIB teve alta de 5,4% em relação ao mesmo período de 2023, superando as expectativas de 4,9% dos analistas ouvidos pela FactSet.
Segundo os dados divulgados na noite desta quinta-feira (16) — manhã de sexta-feira no horário local — a economia chinesa cresceu 1,6% na comparação trimestral entre outubro e dezembro, indicando uma aceleração em relação ao terceiro trimestre, quando o avanço foi de 4,6% na base anual.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única no último pregão, mas os principais índices chineses subiram. Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,18%, a 3.241,82 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,35% a 1.916,19 pontos.
Setores e investimentos impulsionam o PIB da China
De acordo com a Capital Economics, o crescimento no último trimestre foi impulsionado por fortes exportações e pela aceleração no setor de serviços, que refletiu um aumento de 3,7% nas vendas no varejo em dezembro, frente ao crescimento de 3% registrado em novembro. O crescimento da produção industrial também subiu, passando de 5,4% ao ano em novembro para 6,2% em dezembro.
No acumulado do ano, o crescimento do investimento fixo ficou em 3,2%, ligeiramente abaixo dos 3,3% registrados até novembro.
Perspectivas para 2025
O ING avalia que o governo chinês deve manter uma meta de crescimento semelhante à de 2024, entre 4,5% e 5%, para este ano. A instituição projeta que o governo continuará adotando políticas fiscais mais robustas e afrouxamento monetário, o que pode trazer confiança ao mercado.
Apesar do crescimento registrado, analistas apontam desafios para a economia chinesa em 2025, incluindo possíveis aumentos de tarifas pelos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, e desequilíbrios estruturais internos, como o endividamento das empresas e pressões no setor imobiliário.
Análises do mercado
A Capital Economics acredita que o aumento dos gastos públicos foi decisivo para a recuperação no último trimestre de 2024. A consultoria também destaca as medidas de estímulo ao setor imobiliário como um dos vetores positivos para a atividade no curto prazo.
No entanto, a tendência para 2025 é de desaceleração, com as ameaças tarifárias dos EUA e os desafios estruturais internos ainda pesando na economia chinesa.
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