O dólar à vista fechou a sessão desta quarta-feira (16) em alta de 0,47%, cotado a R$ 6,05. O movimento foi influenciado pela valorização da moeda americana frente a divisas de países emergentes e exportadores de commodities, como o peso mexicano, que recuou mais de 1,70%.
Scott Bessent, indicado para assumir o cargo de secretário do Tesouro dos Estados Unidos, afirmou, durante audiência no Senado, que o governo de Donald Trump planeja avaliar a imposição de tarifas de importação. A medida teria como objetivos corrigir práticas de comércio, aumentar receitas e substituir sanções econômicas.
Entre os exemplos mencionados por Bessent estão tarifas sobre o aço chinês e possíveis ações contra o fentanil vindo do México. Ele defendeu que essas tarifas não devem impactar a inflação, argumentando que a China conseguiria absorver os custos adicionais.
Oscilação do dólar e entrada de fluxo estrangeiro
Pela manhã, o dólar chegou a romper o piso psicológico de R$ 6,00, atingindo a mínima de R$ 5,9960. O movimento foi atribuído à entrada de fluxo estrangeiro no país e a um ajuste após a desvalorização acumulada de 1,26% nos últimos três pregões. No entanto, a sinalização de tarifas comerciais gerou tensão no mercado, revertendo o cenário otimista.
Movimentos no mercado global
Embora tenha se valorizado frente a moedas emergentes, como o real, o dólar perdeu força em relação ao euro e ao iene. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de divisas, operou abaixo de 109,000 durante a tarde.
As taxas dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) recuaram em bloco, com queda de mais de 1% nos rendimentos dos papéis de 10 anos.
Perspectiva para juros nos EUA
As expectativas sobre a política monetária do Federal Reserve também influenciaram os mercados. Christopher Waller, diretor do Fed, afirmou que cortes nas taxas de juros podem ocorrer a partir de março, caso a inflação continue sob controle. O mercado já precifica maior probabilidade de redução em maio, mas considera junho a data mais provável para o início desse movimento.
O post Câmbio: Dólar sobe após sinalizações de tarifas nos EUA apareceu primeiro em Monitor do Mercado.