A indústria cearense encerrou 2024 como uma das grandes protagonistas na geração de empregos e no fortalecimento da economia do estado. Segundo dados do Novo Caged, o setor apresentou um saldo positivo de 15.195 empregos até novembro, o maior volume registrado desde 2020. O desempenho, que representa um crescimento de mais de 500% em relação a 2023, coloca o Ceará em posição de destaque nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, consolidando-se como um dos motores da retomada econômica no Brasil.
O crescimento é atribuído a políticas públicas robustas e à estratégia econômica liderada pelo governador Elmano de Freitas. “Os números são resultados diretos da política de incentivos fiscais do Governo do Ceará, que tem impulsionado setores estratégicos como calçados, confecção, alimentos e têxtil”, disse Danilo Serpa, presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece). Essas iniciativas, operacionalizadas por meio do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI), foram determinantes para a criação de mais de 125 mil empregos em 50 polos industriais espalhados pelas 14 macrorregiões do estado.
Entre os segmentos industriais, o setor calçadista liderou a geração de postos de trabalho, com 4.687 empregos, seguido pela confecção (2.648), produtos alimentícios (1.701) e têxtil (1.080). O desempenho do estado no cenário nacional também impressiona: o Ceará ocupa a sétima posição no ranking de empregos industriais, destacando-se por uma base produtiva fortalecida e investimentos direcionados a áreas estratégicas.
Dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE mostram que, entre janeiro e outubro de 2024, a indústria cearense cresceu 8,6% em relação ao mesmo período de 2023, sendo o segundo melhor desempenho do país. Setores como têxtil (+25,8%), vestuário (+24,5%) e produtos de metal (+28,9%) impulsionaram os resultados.
No terceiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará registrou alta de 6,67%, superando os 4% da média nacional. A indústria cearense foi destaque, com crescimento de 12,48%, três vezes maior que o índice registrado nacionalmente. O setor calçadista (+25,2%), vestuário (+24,9%) e têxtil (+25,4%) lideraram esse avanço.
A destaca que o cenário de recuperação econômica e a política federal de neoindustrialização criaram um ambiente favorável para o crescimento. “O Ceará construiu, ao longo dos anos, uma base produtiva sólida, investiu em segmentos estruturantes e atraiu novos empreendimentos. Isso, combinado ao aumento do consumo das famílias, impulsionou os resultados acima da média nacional”, enfatiza a secretária executiva da Indústria da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Ceará (SDE), Brígida Miola.
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