Nesta segunda-feira (19), o dólar fechou em queda de 1,02%, a R$ 5,41, menor valor de fechamento desde 24 de junho. O movimento reflete a crescente expectativa de que o Federal Reserve (Fed) comece a cortar os juros em setembro. Esse cenário impulsionou a valorização do real, que registrou o segundo melhor desempenho entre as moedas latino-americanas, atrás apenas do peso chileno.
Expectativas para o Fed mexem com o dólar
Desde a manhã, o dólar já operava em baixa devido às apostas de que o Fed iniciará um ciclo de afrouxamento monetário em setembro. As declarações recentes dos diretores do Fed, segundo analistas, têm preparado o mercado para um corte ordenado nas taxas de juros, o que pode trazer desinflação ao país.
A expectativa é que Jerome Powell, presidente do Fed, traga mais detalhes sobre essa possível mudança de política monetária durante o simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira (23). Além disso, na quarta-feira (21), será divulgada a ata da última reunião de política monetária do Fed.
Reação no mercado doméstico
No Brasil, o Banco Central (BC) também tem sinalizado uma postura firme em relação à taxa Selic, com o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, afirmando que uma possível elevação da taxa está “na mesa”. Essa expectativa de manutenção ou aumento da Selic, combinada com a possível redução dos juros nos EUA, tende a ampliar o diferencial de juros entre os dois países, atraindo capital estrangeiro para o Brasil e contribuindo para a valorização do real.
A queda do dólar também foi impulsionada por um aumento no apetite ao risco global, especialmente após o anúncio de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, o que aliviou as tensões geopolíticas e incentivou fluxos de capital para mercados emergentes, como o Brasil.
O post Câmbio: Dólar cai com expectativas de corte de juros nos EUA apareceu primeiro em Monitor do Mercado.